segunda-feira, 30 de março de 2009

Sobre decisões...

...Quando somos crianças assistimos nossos pais guiarem nossas vidas e nos tirarem um peso racional, tomando decisões por nós, como nos colocar nas aulas de inglês e de piano, sem, muitas vezes, saber ao menos se nossas aptidões estão voltadas para o francês e o tradicional violão.
Não que isso nos traga traumas, quer dizer, não sei, mas certamente são decisões que nos atrasam os sonhos, um deles de ser o que queremos ser.

Não, este texto não se trata sobre decisões que afetaram minha infância, pois nem me lembro de uma que tenha, apesar de saber que existiu. Vamos acrescentar alguns anos, e, finalmente, chegar a idade adulta, após todas estas linhas juvenis estamos diante do nosso maior aliado, e ao mesmo tempo inimigo, nós mesmos. Afinal, qual é o melhor caminho a percorrer?

As decisões são responsáveis pelo nosso sucesso e pelo nosso insucesso, assim temos 50% de chances de acertar, logo os mesmos percentuais para errar. Matematicamente falando, estamos em um jogo onde um lado perde e o outro ganha, mas não existe lógica no mundo das idéias, e isto é filosofia.

Bem, no belo conflito neural encontra-se a dissonância cognitiva, rapidamente explicando, é uma guerra entre nossa razão e nossa emoção, elas ficam colhendo subsídios para ajudar a tomarmos decisões, por isso nos dizemos “devemos agir mais racionalmente”, ou ainda, “seja mais emocional, mais humana”.

É exatamente neste conflito que nos deparamos todos os dias, antes de falamos ou darmos o primeiro passo em direção ao que escolhemos pra nós.

Diante desse cenário pseudo-caótico, eu arrisco-me a, sem critérios, desafiar as leis da psicologia e dizer que sejamos mais racionais ao saber que não poderemos saber se realmente uma decisão pode nos ser benéfica, e sejamos emocionais, ao ponto de sabermos que esta mesma decisão pode nos tornar mais felizes, apesar de racionalmente não parecer a mais correta. Deveremos assim enxergar um patamar, onde não seremos nem adultos, nem crianças, seremos seres que se importam com um contexto, não apenas com nós mesmos, e neste contexto poderemos, facilmente, achar nossa felicidade.

A felicidade não é igual para todos, nem dura pra sempre, são momentos que podem ser repetidos por toda eternidade, depende de nossas decisões...

...eu li em algum lugar algo sobre a felicidade...

Alguém1: - veja como os peixes nadam, rio abaixo, felizes.

Alguém2: - como pode você não sendo peixe saber o que os fazem felizes?
Alguém1: como pode você não sendo eu saber se eu não sendo peixe sei o que torna os peixes felizes?
Alguém2: então eu não sendo você e não podendo saber como você sabe o que torna os peixes felizes, você não sendo peixe também não pode saber o que os fazem felizes.

Entendeu!?

Tomar decisões requer paciência, sutileza e delicadeza.